segunda-feira, 19 de julho de 2010

Sem jogo de cintura

Seria melhor ter escrito esse texto durante a copa, mas eu não tinha um blog e nem tempo pra ter um. Não que agora eu tenha tempo, mas tenho um blog. E depois do fim dessa edição da copa posso escrever com mais propriedade, não que as minhas opiniões tenham sofrido mudanças consideráveis de lá pra cá. A questão cabal do texto é uma só e intrigante. O BRASILEIRO ESTÁ PERDENDO A GINGA, O REBOLADO, A MALEMOLÊNCIA E O ENCANTAMENTO.

Isso é triste, estamos deixando a latinidade para os italianos, os espanhóis e o pior de tudo, para os argentinos ARG! Deixamos de seduzir o mundo, de arrancar suspiros e até aqueles gemidinhos gostosos de uiiiii. Deixamos de ser o Antônio Bandeiras no papel do galanteador Zorro e nos vestimos de Schwarzenegger no auge de sua carreira biônica. Trocamos o toque pelo supapo, o drible pelo pisão e até o Kaká que sempre joga bonito resolveu fazer feio.

Num país, onde o futebol talvez fosse o único ainda imune à burocracia, nos vimos a mercê de carimbos e filas intermináveis de espera para ter contato com os nossos ídolos. Nesse país cada vez mais sujeito a personalidades que se acham acima do bem e do mal, encaramos um brucutu que, mantendo suas trdições futebolísiticas, foi um grosseiro do início ao fim desta copa. E o futebol do Brasil que tão bem representa a diversidade e a alegria do brasileiro assistiu a Alemanha jogar com a sua garotada como se fosse gente grande, enquanto nós deixamos por aqui Neimar, Ganso, entre tantos outros guris de qualidade.

Espero que esse capitúlo da história do futebol sirva de inspiração para as demais áreas do nosso país. Não podemos perder nossa essência, nosso espirito, nossas raízes. Devemos evoluir, mas, sem esquecer quem somos. Imagina um desfile de escolas de samba apenas com cheeleaders passistas ou uma campeonato de capoeira realizado por lutadores greco-romanos. Pior, pense nas nossas mulheres sem bunda alguma e com aqueles peitões desproporcioanais.

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