terça-feira, 20 de julho de 2010

Era só um filme que a minha namorada queria assistir.

Sabe quando você já entra no cinema com aquela expectativa ruim, apostando todas as suas fichas na pipoca e concentrado pra quando dormir não roncar muito a ponto de prejudicar os seus vizinhos? Pois é, foi assim que fui ver Eclipse, aquela continuação da série dos vampiros emos e dos lobos homos.

Para minha enorme surpresa foi impossível dormir, não que o filme fosse bom, era uma boa bosta como o previsto, mas de tão ruim passou a me intrigar. Como alguém exercendo suas faculdades mentais na plenitude poderia gostar daquilo? Tentei me adequar ao perfíl do público pra não cometer nenhuma injustiça. Mas, descobri que mesmo sendo menina, mimada, bicha e emo, tudo ao mesmo tempo, seria impossível achar aquela baboseira toda legal.

Por mais que pareça contraditório, foi aí que tudo passou a valer a pena. A ciência corria pelo meu sangue sedenta por respostas. Por que aquelas pessoas estavam alí? Por que ninguém ia embora? Será que todo mundo só foi ver o lobo bobo sem camisa? Confesso que ao final de tudo não fui capaz de encontrar um motivo sequer para que essa produção fosse a maior bilheteria numa estréia nos cinemas brasileiros. E, na boa, nem que eu fosse menina, mimada, bicha, emo e masoquista, tudo ao mesmo tempo, assistiria esse troço novamente para tentar arrancar alguma conclusão.

Bom, se você tem algum preconceito com esse tipo de filme, vá assistir só para manter o orgulho dos seus critérios de avalição. Se você não tem critério algum vá assistir, certamente você ficará bem criterioso depois dessa empreitada. Agora, se você gosta da saga dos boiolas e da putinha, saiba que o planeta passa por um momento difícil e não será só plantando árvores e evitando o desperdício de água que as coisas vão melhorar. Pense no futuro da humanidade.

Por fim, que falta nos faz o Van Helsing.

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