Censura, quebras de sigilo, acordos com países estranhos… o que vou escrever nas próximas linhas não tem nada a ver com candidatos, partidos ou qualquer outra ligação eleitoreira que alguém possa querer fazer. Vou falar de consciência, de história e de algumas conquistas que nos foram muito caras e que, talvez, alguns tenham esquecido dos seus valores.
Nosso país vive um momento único, cresce economicamente, vem se tornando um player respeitado no cenário internacional e é, cada dia mais, o grande representante dos ideais da América do Sul para o resto do planeta.
Tudo isso é real, muito bacana e importante. Ou melhor, seria. Seria do verbo não é. E não é porque estamos usando todas essas suadas conquista da pior maneira possível. Como? Fazendo alinças com países hostis e de pensamento retrógrado, adotando discursos ultrapassados e perigosos de censura, tratando carniceiros e ditadores como grandes representantes de estado, quebrando sigilos, infringindo a lei de todos os jeitos e formas, sem que ninguém seja punido e por aí vai.
O mais triste é que algumas dessas pessoas um dia já tiveram um ideal e lutaram contra tudo isso que estão promovendo. O que teria acontecido? O poder corrompe e torna as pessoas cegas por mais poder.
Esqueceram dos amigos mortos durante a ditadura, dos exilados que ficaram longe das suas famílias, para acabar com a mesma censura que hoje eles apoiam, e excluiram da memória todos os exemplos históricos que nos mostram que regimes ditatoriais e personalistas, sem excessão, levaram seus países ao isolamento e à miséria.
Quermos ser aliados do armadinejad, agir como o Hugo Chaves e censurar como Fidel nos seus velhos tempos. Queremos?
Só espero não ser preso nem coagido por ter escrito essas palavras, da mesma forma que o jornalista americano fora expulso do nosso país por nos fazer algumas críticas.
É hora de abrir os olhos.